Em 2001, a diretoria do Tocantinópolis embalada com a belíssima participação na Copa João Havelange de 2000, manteve a base do time da referida campanha e contratou novas peças para reforçar o plantel alviverde.
Ao longo da competição o Verdão do Norte foi implacável com os seus adversários aplicando goleadas e vencendo dentro e fora de casa. Ao término da primeira fase deu a lógica esperada, isto é, o time de maior investimento e de melhor campanha chegou à final na Chave norte do campeonato.
Na outra chave, a Centro-Sul, com uma campanha mais modesta, o até então atual campeão tocantinense Palmas conseguiu se sobressair e também chegou à decisão do estadual.
O primeiro jogo ocorreu no recém-inaugurado estádio Nilton santos e as duas tocidas compareceram em peso. A partida em si foi bastante disputada e o TEC saiu na frente ainda no primeiro tempo, e segurou o resultado até o final da segunda etapa quando o Palmas obteve o empate. O resultado igual no marcador transferiu a disputa para os domínios alviverdes.
O jogo decisivo ocorreu no Estádio Lauro Assunção, e para desespero de todos não saiu conforme o planejado, pois minutos antes da partida iniciar ocorreu um episódio inusitado. O grande número de torcedores aliado ao barulho ensurdecedor que os mesmos faziam, fez despertar uma clméia de abelhas que estavam localizadas na cobertura das arquibancadas.
A partir de então aconteceu o fatídico "episódio das abelhas", que foi marcado pelo ataque do ensame de abelha a diversos torcedores. Enquanto isso, havia torcedores entrando no estádio sem saber o que estava ocorrendo e outros saindo desesperados fugindo do ataque das abelhas, o pânico foi geral.
Por medida de segurança a diretoria resolveu abrir os portões e após cerca de 30 minutos de intenso tumulto nas arquibancadas a partida finalmente teve seu início, apesar de as abelhas terem vitimado alguns torcedores.
O jogo começou com o TEC encurralando e massacrando o Palmas com bolas na trave, em tarde muito inspirada do jogador alviverde Carrapeta. O time da capital, por sua vez, jogou completamente fechado.
Não demorou, e ainda na primeira etapa o TEC abriu o placar em belíssima jogada do baixinho Carrapetana linha de fundo que cruzou na segunda trave para o centroavante Gélo cabecear para o fundo das redes.
Durante o resto do primeiro tempo, e quase todo o segundo tempo, o TEC jogou no ataque, o Palmas por sua vez fazia de tudo para se defender. Enquanto isso a arbitragem cometia alguns erros e os torcedores já começavam a reclamar quando o jogador Carrapeta foi derrubado na área, num lance parecido com o do primeiro gol, o ábitro não marcou nada e houve bate-boca por dois minutos, sem resultado.
Com o jogo quase no fim, o Palmas por meio do jogador Eudes acertou um chute forte de fora da área que foi como um "balde de água fria" para os ânimos dos tocantinopolinos, pois selou o empate entre as duas equipes e levou a decisão para os pênaltis.
Nas cobranças de pênaltis a equipe do Palmas foi mais eficiente e converteu quatro dos cinco pênaltis, já a equipe do TEC estava visivelmente abatida e errou duas cobranças.
Na comemoração os torcedores do TEC foram provocados e invadiram o gramdo para tentar agredir os jogadores do Palmas. Porém, felizmente, a Polícia Militar interveio a tempo e evitou que algo mais grave pudesse acontecer naquela contestada partida.
A partir de então, criou-se uma intensa rivalidade dentro e fora de campo entre as equipes do Tocantinópolis e do Palmas, que fazem atualmente um dos maiores e mais equilibrados clássicos do Estado de Tocantins.
Palmas campeão estadual 2001
Tocantinópolis vice
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